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15/06/2013

Sobre o perdoar

Quando pensei em fazer esta reflexão, a primeiro instante iria falar sobre o julgar, mas vejo que Cristo tem, na verdade, uma ação positiva em torno do amar-perdoar e, consequentemente, trata sobre o “não julgar”.
Acredito eu que os problemas da humanidade são derivados da falta do amor, da falta de conhecimento, conhecemos pouco não somente sobre a vida, mas sobre quem realmente somos. Nossas preocupações são fáceis, se um time ganhará uma partida de futebol, se no capítulo da novela a mocinha será eternamente feliz e o vilão morrerá; bem como uma festa se acontecerá com sua banda favorita e quem será o “pegador” de um reality show. Nossas preocupações se resumem a banalidades.
Cristo mais uma vez nos demonstra a falta de amor diante da falta de compreensão diante da mulher que chorava e se desfazia em lágrimas aos seus pés, ou seja, ela colocava seus sentimentos, seu coração, sem serem necessárias palavras, grandiosas demonstrações, mas apenas chorava, sem se preocupar com o que diriam, com o que pensavam. Naquele momento nem mesmo ela pensava, apenas chorava. Quando todos a julgavam, Cristo vem com uma narrativa no qual interroga ao final: “Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “Acho que é aquele ao qual perdoou mais”. (Jo 7, 42)
A ausência de perdão é a ausência do amor, gerando julgamentos. Julgamos todos, inclusive a nós mesmos. Nossos julgamentos são incompletos, pois não nos conhecemos plenamente. Somente Deus nos conhece plenamente, como disse S. Agostinho: “E tu estavas dentro de mim, mais profundo do que o que em mim existe de mais íntimo”. Somente Deus, o amor, podem nos julgar, nem mesmo nós. Tiro muito por minha mãe, mulher sábia, que conhece os seus filhos até pela forma de olhar, afinal, nasci dela e desde o seu ventre fui amado, meu primeiro amor, que me ensinou a amar a Deus. Afinal, é "amando que se é amado", S. Francisco.
Não pensemos muito, apenas amemos. A vida como um eterno caminhar devemos sempre seguir em frente, sem olhar para os lados, mas sempre em frente. Se não deu certo? Continue em frente. Uma longa viagem começa com um pequeno passo. Devemos ter essa audácia e coragem de dar o primeiro passo, entregar nossas lágrimas, o nosso coração. Somente nos perdoando é que podemos amar. O amor não vem de fora, mas ele sempre está em nós.