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03/01/2010

NADA DEMAIS...

A noite estava com um aspecto diferente, aparentava estar próxima a mim, na lua havia um brilho especial, eram poucas as vezes que havia percebido, era um brilho indescritível. Ao contemplá-la fiquei maravilhado, embora houvesse tempos, não havia percebido, até certo momento, a iluminação que o sol a fornecia deixava-a tão agraciada. Tão logo avistei seu olhar, que toda via fascinava-me, senti então que era você que estava próxima a mim e nada mais podia fazer, a não ser agraciá-la.

Com tais atos, recordei os momentos que se passaram, os quais relembro, o período que passava a seu lado. Tempo tão precioso, que você jamais soube, porém naquele agraciava cada momento que passava perto de ti, sentindo sua respiração, seu olhar. O qual agraciava e o contemplava sem cessar, seus gestos que a cada instante trazia-me fulgores e calafrios os quais me abatiam. Não era fácil ficar junto a ti, sem deixar transparecer meus sentimentos, embora sentisse minha boca calar ao apreciar seus olhos.

Sentimentos que, por vezes, deixei transparecer, mas ao sentir seu doce e acolhedor olhar, me rendia, sentia-me intimidado e fazia com que você sorrisse. Ah, seu sorriso, o qual tanta saudade me traz, sua boca...Sua boca que tanto me seduz. A qual, a frase que esperava sair, jamais foi dita para meu eterno vazio, esperava ouvir-te dizer, ao menos uma vez: Te amo!

Pequena frase, a qual pode ser expressa em gestos, digo-lhe isto, pois jamais ouvi – sair dentre a abertura de teus lábios – porém sentia em meu coração, seus atos que me fizeram te amar. Parei um instante para novamente contemplar a lua, seu brilho intensificava-se a cada instante que se ia. Percebi então que não era a lua, mas sim seu reflexo que era projetado sobre minha lágrima, que gentilmente acariciava sua imagem.