27/06/2014
POETIZA-MOR
Poetiza-mor
Dizer o indizível, eis a função da poesia.
Ser capaz de falar no momento de calar,
Fazendo-se sentir ao ouvidor desperto
pelo humilde coração livre a apaziguar.
Olhos que diuturnamente se reconhecem,
mesmo sem ter o outro próximo consigo,
mas tão somente pelo belo existente
de encontrar no amor um bom abrigo.
Passos frenéticos são desnecessários
quando realmente se procura o amor,
a vida nos encaminha o complemento
realizado a cada momento em torpor.
O caminho jamais pode ser esquecido,
somente por causa de um mero objetivo;
pode ser que este não seja alcançado,
mas o amor no caminhar pode ser vivido.
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