Tempo de dúvidas, tempo de esperar
Ao longo de nossa vida nos deparamos com dúvidas, anseios,
que, por vezes, demoram para desaparecer da mente e do coração. A dúvida tem o seu
valor, porque ela demonstra que não ficamos paralisados com o tempo, que não
nos acomodamos com as imposições que sofremos da sociedade, inclusive com as
obrigações que nós mesmos nos fazemos. Duvidar é, antes de tudo, permanecer
inconformado com a realidade que paira sobre o nosso existir. Neste momento
devemos nos aprofundar, buscar o autoconhecimento, reconhecer quem realmente
somos e não simplesmente nos desesperarmos diante dos desafios que se
apresentam.
Já diria Nietzsche, in. “ECCE HOMO”: “Não é a dúvida, é a certeza
que enlouquece”. Imagine se tivéssemos certeza do que iríamos fazer, qual
carreira deveríamos seguir, qual caminho o correto, desta forma, a vida seria
uma mera resignação, aceitação, seríamos limitados. Caso permanecêssemos acomodados que graça
teria nossa existência? É a capacidade que temos de nos indignar com os nossos
limites, que nos permite ir além; caminhar por outras vias ainda não
conhecidas. O bom da vida é viver, descobrir e se redescobrir a cada momento.
Todos nós possuímos dúvidas, aflições, medos, mas diante das
adversidades olhemos para o céu e vejamos quão belas são as estrelas. A esperança
é uma virtude divida, saber esperar é a busca humana. S. Francisco, meu padrinho, em sua oração
diz: “onde houver dúvida, que eu leve a fé”. A fé é própria do ser humano, na capacidade
de transcender nossos limites. Portanto, caminhemos e, se “quebrarmos a cara”,
pelo menos tenhamos a certeza da tentativa e não a amargura do medroso. Ao
menos tentamos e sabemos que aquilo não seria o melhor, ao menos naquele
momento. Portanto, vivamos cada dia, valorizando cada momento. Como diria Paul
McCartney: “Somente o tempo irá dizer se estamos certos ou errados”.
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