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04/04/2013

SABER VIVER


Saber viver

Durante as leituras filosóficas e literárias, cheguei ao entendimento que, assim como “Frankenstein”, que era formado por partes diversas de seres humanos, assim também somos nós, somos constituídos por inúmeras pessoas que já passaram ou ainda se fazem presentes em nossa vida. Se parássemos para prestar atenção em nós mesmos podemos encontrar características variadas, as mais diversas possíveis, que nos são trazidas pelo vínculo familiar, religioso, cultural, amizade ou pelo simples ato de estar com alguém, este não necessitando fisicamente, bastando apenas o pensamento.
Nossa vida não é um projétil predeterminado a acertar um ponto, pois acertar ou errar não é somente uma escolha, mas também uma visão de mundo.  Neste mundo que se chama “Eu” somos diversos, somos capazes sempre de ir além. O que nos diferencia uns dos outros é a capacidade de mudar e conviver com esta mudança que deve ser presente em nossa vida. Se permanecêssemos acomodados, seríamos apenas somos levados pela vida, pelo tempo e deixamos de passar por ela. Se assim fizermos, negamos o nosso princípio criador, Deus, que assevera que fomos feitos à sua “imagem e semelhança”: feitos à imagem do amor, do eterno.
Deixamos de aproveitar os momentos, os instantes que temos com meros julgamentos – aqui não digo o julgamento referente aos outros, mas, sobretudo, o julgamento que fazemos com relação a nós mesmos -, julgamento, ou melhor, condenamos a nossa própria vida por algo que fizemos. Esquecemos que a vida é uma construção em que não devemos ter medo de dar um passo em frente.
O encanto verdadeiro não está nas coisas, mas nos olhos de quem sabe ver, de quem realmente sabe perceber o quão bela é a vida. O amor não está somente no outro, mas no coração de quem ama, se entrega e, mesmo diante da dor, é capaz de se doar. Neste caminho que se chama vida, somente as pessoas que amamos são as que nos acompanham em todos os momentos.

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