Saber viver
Durante as leituras filosóficas e literárias, cheguei ao
entendimento que, assim como “Frankenstein”, que era formado por partes
diversas de seres humanos, assim também somos nós, somos constituídos por
inúmeras pessoas que já passaram ou ainda se fazem presentes em nossa vida. Se
parássemos para prestar atenção em nós mesmos podemos encontrar características
variadas, as mais diversas possíveis, que nos são trazidas pelo vínculo
familiar, religioso, cultural, amizade ou pelo simples ato de estar com alguém,
este não necessitando fisicamente, bastando apenas o pensamento.
Nossa vida não é um projétil predeterminado a acertar um
ponto, pois acertar ou errar não é somente uma escolha, mas também uma visão de
mundo. Neste mundo que se chama “Eu” somos
diversos, somos capazes sempre de ir além. O que nos diferencia uns dos outros
é a capacidade de mudar e conviver com esta mudança que deve ser presente em
nossa vida. Se permanecêssemos acomodados, seríamos apenas somos levados pela
vida, pelo tempo e deixamos de passar por ela. Se assim fizermos, negamos o
nosso princípio criador, Deus, que assevera que fomos feitos à sua “imagem e
semelhança”: feitos à imagem do amor, do eterno.
Deixamos de aproveitar os momentos, os instantes que temos com
meros julgamentos – aqui não digo o julgamento referente aos outros, mas,
sobretudo, o julgamento que fazemos com relação a nós mesmos -, julgamento, ou
melhor, condenamos a nossa própria vida por algo que fizemos. Esquecemos que a
vida é uma construção em que não devemos ter medo de dar um passo em frente.
O encanto verdadeiro não está nas coisas, mas nos olhos de
quem sabe ver, de quem realmente sabe perceber o quão bela é a vida. O amor não
está somente no outro, mas no coração de quem ama, se entrega e, mesmo diante
da dor, é capaz de se doar. Neste caminho que se chama vida, somente as pessoas
que amamos são as que nos acompanham em todos os momentos.
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